Finalmente seremos livres.
Livres como tínhamos de ser desde sempre.
Desde sempre esperamos o dia da libertação.
O dia de partir, o dia de chegar, o dia da anunciação.
O dia em que todas as coisas serão possíveis,
E o homem desencarnará e passará a viver livre de si
E do outro, que o obceca e persegue como um ímã.
Ser finalmente poeta sem ser.
Ser humano sem encarnar.
Ser filho, pai e mãe ao mesmo tempo.
Ser irmão.
Ser náufrago e sobrevivente.
Ser o próximo e o seguinte.
Ser o primeiro e o último.
Ser a sombra e o reflexo.
Ser porque todas as coisas são.
Tudo que é existe primeiro em ideia
E então se anuncia.
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