Quero escrever os poemas que ainda não escrevi.
Quero estar nos lugares aonde não vou há muito tempo.
Quero me lembrar das pessoas que já esqueci.
Quero dizer o que nunca disse, porque se dissesse me
arrependeria.
E hoje descubro que eu não teria me arrependido.
Eu não me arrependo do que fiz, mesmo sem querer.
Se foi um erro, o erro me fez entender.
Então, eu não errei.
Eu tentei acertar.
Nenhum erro é voluntário. Se fosse, seria crime.
Mas, se não é, não cabe culpa.
E pode ser perdoado.
Eu não quis errar.
Quis acertar.
Todas foram tentativas de acerto.
Tentei fazer o que era certo, e me equivoquei na
escolha.
Tentei dizer o que conhecia, e não era o suficiente.
Tentei ser o que sou, mas eu mesma não sabia.
Fui descobrindo muito devagar o que estou fazendo
aqui.
Ainda tentando acertar e errar o menos possível.
TCRM – 17/07/2016 – 16h36
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