sexta-feira, 12 de agosto de 2016

40 De mim nada me resta (AAF)

De mim
nada me resta
no enredo
desta festa.

No meu resto
nada resta
no enredo
desta fresta.

Desse resto
nada resta
o que de mim
mais me detesta.

Nessa festa,
no meu resto,
meu enredo
sem aresta.

Nada há
no que me resta
no enredo
que me infesta.

Nada resta 
do poeta,
da poesia
que contesta.

Do que me sou,
nada me resta,
o que de mim
se manifesta.

Nesse enredo
do que resta,
só meu resto
me atesta.

Tudo é resto
no enredo
dessa sina,
é tudo igual
no poema
que termina. 


AAF – 25/07/2016 – 18h36

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