Mesmo que não tivesse aonde chegar,
Eu partiria em busca de mim mesmo
A quem conheço sobremaneira,
Porque as coisas acontecem
De modo que as reconheçamos depois.
Sou eu mesmo que parto em qualquer direção,
Porque fui e voltei diversas vezes,
Até me cansar e não me cansei de mim.
Quero o que é absolutamente óbvio,
Absolutamente plácido,
Absolutamente certo,
Porque nessas coisas se assentam as verdades.
E as verdades são maiores do que imagino.
Eu estive aqui tantas vezes que sempre pude voltar
Pelo mesmo caminho que o torna conhecido.
Reconheci as faces que amei
E pude vê-las sem mim.
Eu não precisava amá-las, mas eu as amei.
E por ser completamente certo
que a fadiga torna as coisas todas impossíveis,
Parei ao pé de mim para descansar.
E somente assim tornei-as possíveis.
TCRM – 12/06/2016 – 4h08
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