sexta-feira, 12 de agosto de 2016

3 Mesmo que não tivesse aonde chegar (TCRM)


Mesmo que não tivesse aonde chegar,
Eu partiria em busca de mim mesmo
A quem conheço sobremaneira,
Porque as coisas acontecem 
De modo que as reconheçamos depois.

Sou eu mesmo que parto em qualquer direção,
Porque fui e voltei diversas vezes, 
Até me cansar e não me cansei de mim.

Quero o que é absolutamente óbvio, 
Absolutamente plácido, 
Absolutamente certo,
Porque nessas coisas se assentam as verdades.
E as verdades são maiores do que imagino. 

Eu estive aqui tantas vezes que sempre pude voltar
Pelo mesmo caminho que o torna conhecido.
Reconheci as faces que amei
E pude vê-las sem mim. 
Eu não precisava amá-las, mas eu as amei.

E por ser completamente certo
que a fadiga torna as coisas todas impossíveis, 
Parei ao pé de mim para descansar.
E somente assim tornei-as possíveis. 


TCRM – 12/06/2016 – 4h08

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